13 dezembro 2015

campeã da temporada, Ponte Preta tem gestão profissional


Editorial:
O futebol de Jundiaí pede mudanças já!
Demoramos muitos anos para atingir o nível de excelência alcançado para pôr tudo abaixo em poucos meses de gestão, mais por noviciado do que outra coisa. Foram equívocos administrativos e jurídicos absolutamente desnecessários e inconvenientes. E inaceitáveis para um torneio que movimenta cifras próximas de R$ 1 milhão. Disse me disse além da conta levaram a muitas incertezas sobre a sequência do campeonato, fazendo com que o primeiro jogo final levasse mais jogadores e imprensa à festa de Várzea Paulista do que ao Dal Santo, afinal nem se sabia se haveria jogo, muito menos onde, e a decisão foi coisa da sexta-feira da semana passada à noitinha. Urge reorganizar, tomar pé para afastar a violência, que afasta o jundiaiense da sua paixão, o Amador. O que a imprensa mais divulgou foram fatos extra-campo.... Acontecimentos desse naipe afastam também os investidores, e não é nada, não é nada movimentamos cerca de R$ 806.285,71 nas contas da Consultoria Aliança, que apurou também que gastos dos times fracos e dos mais ricos atingiram alto entre R$ 571,43 e R$ 2.222,22 para cada ponto disputado, e isso não é pouco! Fundamental é, portanto, que se caminhe na direção do aperfeiçoamento sério da gestão deste que é um dos mais competitivos campeonatos de futebol semiprofissional do Estado de São Paulo, reforçando a pareceria com a Prefeitura, "sócia" do Amador desde sempre. Transparência é outra exigência premente, necessária aos que gravitam no entorno do Amador. Por que não premiar em dinheiro os campeões? Tem fontes de recursos suficientes (anuidades, verba pública para arbitragem) para que os times não comecem a se sentir desestimulados a contratar os melhores jogadores a troco de nada. Por fim, que se compreenda que o universo do futebol semiprofissional não é dos doutos, é um mundinho todo particular dos de poucas letras, e é nesse nível de interlocução que se deve falar. (Não se confundir com burrice, ninguém burro no futebol amador!) Mas tem que ser olho no olho e não com liminares e tribunais, no entendimento, e não há chance maior do que a deste momento de inflexão neste dezembro de provável nova eleição. Que se aproveitem as boas ideias, venham de onde vierem, e a chance de não transformar o futebol de jundiaí numa "várzea". 
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Finais 2015 
Ponte Preta 2x0 Vila Marlene - 06/12 - 1° jogo
Ponte Preta  2x2 Vila Marlene - 13/12 - 2° jogo
 Ponte Preta, campeã jundiaiense de futebol 2015

O desempenho da Ponte no campeonato foi melhor na fase final. Nos últimos 6 jogos, depois da rodada em que empataram por 1x1, dia 11 de outubro, na 21ª rodada, o Vila Marlene fez 8 pontos em 18 possíveis, 44% de aproveitamento, e a Ponte Preta conseguiu 14 pontos, 78%, isso explica em boa parte o título de um e o vice-campeonato do outro. O título não foi fruto exclusivamente desta finalíssima, é decorrência da campanha toda. 
Parabéns, Jean! Comandante mais maduro. 
O jogo:
Vila Marlene - Cristiano, Diego (André), Maguila, Alex, Portela, Luan, Juninho (Washington), Alex Moraes, Itamar (Maurão), Caju e Bahia (Thiago Elias).
Ponte Preta - Tiago, Branquinho, Vinícius, Elivélton, Pity, Eduardo, Ricardinho, João Paulo, Diego Macedo (Luquinha), Diego Fernandes (Alexandre) e Icão (Rondsow).

Depois dos 2x0 do primeiro jogo final, na semana passada, repetindo a mesma escalação, era óbvio que a Ponte Preta nem deixaria de jogar, mas administraria o que lhe favorecia. E o adversário, necessitando do resultado, tinha mesmo que buscá-lo. E o fez já aos 15 minutos: bola na área do Marlene, retomada e conduzida pelo Juninho, daí para o Caju que enfiou na entrada da grande área da Ponte Preta para o Itamar que deu um corte espetacular no Vinícius e colocou no canto oposto do goleiro Tiago, fazendo 1x0 para o Vila Marlene. 

Itamar fez o dele...
Dois minutos depois, ataque da Ponte, falta no Icão que uns dizem que foi dentro da área, outros que foi no meio-círculo...O que importa é a confusão armada, que paralisou o jogo por pelo menos 8 minutos. Na cobrança, Branquinho e Diego Macedo posicionados, mas coube ao Macedo decretar o empate em 1x1. Na confusão, foram expulsos Alex Moraes (Marlene) e Elivelton (Ponte). Daí para frente, posse de bola do time da Agapeama era no pé do camisa 14 João Paulo, Ricardinho, Diego Macedo e tudo sob controle. No finalzinho outro princípio de confusão, mas nada fora do normal para um jogo dessa importância. Diego Fernandes ainda perderia uma chance numa bola cruzada da esquerda pelo Diego Macedo para ele, sozinho na grande área, de primeira, bater por cima. 
O técnico Rodrigo (ao fundo) já veio para o segundo tempo com Maurão no lugar do Itamar e Thiago Elias no lugar do Bahia. Melhorou! Mas o adversário tem jogadores rodados, e isso permitia controlar o jogo. Até que aos 19 minutos, Portela pela direita avançou e cruzou para a cabeçada do Maurão, desempatando a favor do Vila Marlene, que se animou. 

Esse domínio não resultava em gol, a posse de bola continuava com a Ponte Preta. Ainda reclamariam de uma bola na mão do Branquinho, alegando estar gravado nas imagens. Já nos acréscimos de 6 minutos, falta a favor do Vila Marlene, o goleiro Cristiano vai para a área, a bola reboteada volta para os pés do João Paulo que prende a bola e a conduz e passa para o contra-ataque enquanto o goleiro voltava para a meta. Bola alçada na área, cabeceada para o gol vazio que o Luan tira de cabeça, mas sobra para o Rondsow botar para dentro e decretar o empate em 2x2.
Olha o cara do jogo aí, gente!
E a festa começou com o presidente Dentinho...
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Arbitragem
Alessandro Rogério, José Marcelo Gomes e Cláudio Ramalho: que escolha melhor que essa para o campeonato deste ano? Jogos de futebol são assim mesmo, somente o trio sabe que ao final do jogo será responsabilizado pela derrota do derrotado, sempre foi assim e sempre será. Mas não tiveram participação no título da Ponte Preta, não mesmo. O time ganhou em campo e o adversário perdeu o título em campo, vamos combinar? Alguém venceria, se fosse o contrário, a queixa só mudaria de cor de camisa. Aliás, antes do jogo começar já eram questionados em relação ao posicionamento das torcidas na arquibancada, coisa decidida - e combinada - em reunião dos dirigentes na Liga, como se fosse assunto afeto à arbitragem, o que não é! 
O campeão, Ponte Preta, tem 60 pontos (18 vitórias, 6 empates e 1 única derrota, para o Sport Sorocabana, na 4ª rodada, dia 3 de maio). Fez 60 gols e sofreu 18 nos 25 jogos que fez. O Vila Marlene, vice-campeão, somou 55 pontos (16 vitórias, 7 empates e 2 derrotas, uma para o Shangai, na semifinal, por 2x1, e outra domingo passado, para esta mesma Ponte Preta, por 2x0). Fez 59 gols e sofreu 15. Era o atual campeão jundiaiense de futebol, posto agora ocupado pela Ponte Preta da Agapeama com seu primeiro título, merecido.  

06 dezembro 2015

chegou a vez da Ponte Preta? Parece, com final no Dal Santo. Mas quase não sai!

Arquibancada comemorando e adversário recolhendo bandeira: ainda dá?

Vila Marlene e Ponte Preta decidem o título, ok, mas ficou muita gente boa para trás, como o zagueiro Anselmo, o volante Carlão e os meias Robson e Douglas, do Shangai, por que não? De onde vêm, se são profissionais não importa, conta mesmo o que fazem, e esses caras me impressionaram muitíssimo bem. Tomara possam voltar no ano que vem. Aí, juntamos o goleiro do Sport Sorocabana, RenanBranquinho numa lateral, Maguila na zaga, Pity na outra lateral e João Paulo no meio, e temos meia seleção nota dez.

A princípio, os jogos seriam em outro campo, o Aramis Polli, cedido pela Prefeitura, mas a Liga resolveu ir às últimas consequências com interpelação judicial via liminar, indeferida com belo embasamento. Para que se conseguisse jogar na "casa do Amador de Jundiaí", houve necessidade de intervenção de forças mais afinadas com o poder público, sem rompimentos, e acabou tudo bem. Talvez a estratégia tenha sido precipitada a princípio, força bruta não traz bons dividendos quando se considera ser permanente a parceria do futebol amador com a Prefeitura, que cede próprios públicos para nele acontecerem os jogos. Por ora, tudo bem, mas o futuro exige mais prudência e mais negociação, melhor gestão dos assuntos delicados, como esse da cessão do campo. 

2
x
0

Vila Marlene: Cristiano, Diego, Maguila, Alex, Julinho, Luan, Alexandre Silva, Juninho, Bahia, Thiago Elias e Itamar. 
Ponte Preta: Tiago, Branko, Vinícius, Elivélton e Pity, Eduardo, João Paulo, Ricardinho, Icão, Diego Macedo e Diego Fernandes.
Substituições: 
Vila Marlene:  Saiu Luan, entrou Alex; saiu Julinho, entrou Portela; saiu Itamar, entrou Washington; saiu Alexandre Silva, entrou Glauco.
Ponte Preta: Saiu Branquinho, entrou Luquinha; saiu Icão, entrou Marcelo; saiu Ricardinho, entrou Alexandre. 
Esse aí, Icão, não fez nada, só os 2 gols da vitória, só isso! Tá bom pra você?
E esse aqui, o goleiro Tiago, fez só umas 2 defesas milagrosas, só isso. Querias o quê?
Aos 3 minutos de jogo, com o primeiro escanteio em jogada pela direita, a Ponte Preta dava mostras de como iria jogar, como previsto mesmo, usando as duas laterais, Branquinho por um lado e Pity pelo outro. Aos 9 minutos, depois de falta a favor do Marlene, bola rebatida, enfiada para o Branquinho que cruza e...Corta Maguila! Aos 15 minutos, falta a favor do Marlene que o Alexandre Silva cobra, mas o Maguila estava em impedimento quando finalizou. Aos 24 minutos, Bahia arranca e foi parado com falta do Diego Macedo. Outra vez Alexandre Silva cobra na área, o centroavante Icão estava lá defendendo, cabeceia, o Juninho corre atrás de uma bola perdida, joga para a área e o Itamar, sozinho, depois de o goleiro Tiago ser encoberto, mas cabeceia mal e perde a chance de abrir o placar. Aos 27 minutos, o lateral Pity recupera uma bola e segue pela esquerda e da entrada da grande área cruza rasteiro para o Icão abrir o placar para a Ponte Preta, 1x0. Aos 33 minutos, Diego Macedo, que jogava por todos os lados do campo, tenta fazer o dele, de longe, mas o goleiro Cristiano defende. Aos 35 minutos, de novo o Bahia na grande área passa para o Itamar finalizar enviezado para fora, perdendo mais uma chance. Aos 37 minutos, de pé em pé, Diego Macedo pela esquerda atravessa para Branquinho na direita que rola rasteiro da entrada da grande área onde estava o centroavante Icão para fazer o segundo dele e aumentar a vantagem da Ponte Preta para 2x0.
O Rodrigo fez o que pôde, mas o Marlene não encaixou...
Perdendo o jogo, o Vila Marlene começou o segundo tempo pressionando mais, e logo com 1 minuto, numa bola do Juninho para o Thiago Elias, que viu bem o Luan livrinho na entrada da área, pelo lado direito, e mais um gol desperdiçado.Aos 3 minutos falta no Itamar que o zagueiro Alex chuta mal; aos 7 minutos mais uma chance do Bahia, cara a cara com o ótimo goleiro Tiago. Aos 9 minutos, Diego Macedo responde com um chute colocado, de fora da área, que bate no travessão. Aí, o jogo começou a esfriar com as alterações, se descaracterizou um pouco, piorou bastante, os que entraram não estavam com sangue nos olhos, como se costuma dizer. Houve uma falta no Bahia aos 15 que não resultou em nada, cobrada pelo Juninho; falta no Icão aos 23, também não deu em nada e outra aos 35 a favor do Vila Marlene que resultou em outra falta (mão de jogador da barreira) que o Thiago Elias (a pedido do banco de reservas) cobrou em vão. 

Com a vitória, a Ponte Preta é, sim, favorita ao título. No ano passado, havia vencido por 1x0 o primeiro jogo da final e perdeu o segundo por 2x0, na medida para o título do Vila Marlene. Agora, a Macaca é muito diferente daquela de 2014, mais recheada de talentos, mais madura, o que nos faz antever, apenas em nível de palpite, que chegou a vez do time da Agapeama. Era voz corrente no Dal Santo que chegou a vez da Ponte Preta, e parece mesmo que chegou. Mas vamos aguardar os 80 minutos do próximo jogo, combinado? Ok, combinado.

Com os 2x0, a Ponte Preta acumula 18 vitórias em 24 jogos (duas a mais que o Vila Marlene), e supera também na pontuação, tem 59 pontos contra 54 do adversário. Marcou mais gols, 58, e o adversário, 57; perdeu 1 única vez e o Marlene perdeu duas vezes, exatamente os dois últimos jogos (2x1 para o Shangai e 2x0 para a Ponte Preta). Só está em desvantagem na defesa, a da Ponte sofreu 16 gols e a do Marlene ainda é a melhor com seus 13 gols sofridos. Os números demonstram quem foi melhor, mas isso não vale nada sem jogar o último, que é o próximo. Vamos aguardar. 

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Claudio Silva, Adilson Ramiro, Oscar de Paula e Alessandro Rogério
A prova da arbitragem correta é no apito final quando cercam - ou não - o trio de arbitragem no centro do gramado, como não houve, cada time tratou de ir para um lado, supõe-se que o papel foi bem cumprido. Os times jogaram e arbitragem arbitrou e ponto. Discrição e correção disciplinar e técnica foi a tônica, parabéns.