03 janeiro 2019

Vagner Mancini no lugar de Ricardo Rocha...Ué, ele tinha saído? Muda nada.

Foto divulgação internet Vitória-BA 2018


O ex-técnico do Vitória vai ser o elo entre Raí, dirigente, e o grupo de jogadores, uma molezinha num emprego com riscos menores do que os de treinador do Vitória da Bahia, por exemplo ou do Sport, do Recife, ou do Atlético do Paraná, que agora é Athletico. Esse emprego não é um leva e traz, é, no fundo, uma ação entre amigos, a comprovação da tese que graça solta entre boleiros metidos a entendidos das razões pelas quais o futebol brasileiro virou Segunda Divisão no mundo, é o que é hoje em dia e está na draga que está(?): ham? Como assim? O jogador Kaká não disse que o Palmeiras ficaria morgando no meio da tabela de qualquer campeonato estrangeiro? Acho que especialmente da Europa, ele falou. Também acho isso, e falou do Palmeiras!, tido e havido como o melhor elenco do Brasil, entre outras balelas. Empresas colocam executivos nos seus cargos de comando, e não amigos dos diretores, com obrigações e metas a serem atingidas, mais ou menos como se faz com treinadores de futebol, mas os treinadores ainda saem com recompensas contratualmente estipuladas, ao contrário dos executivos das empresas. Treinadores não têm nenhuma obrigação de resultado, alguns até vivem dos três ou quatro salários que recebem a título de indenizações por demissões, sem nem se preocupar com imagem de vencedor ou perdedor, o que conta mesmo é grana no bolso. E sabem por que no futebol dirigentes entre aspas preferem se cercar de ex-jogadores de  sua total confiança? Para que tudo acabe ficando em território sagrado, como era o vestiário para eles, quando jogavam. O que é que o Vagner Mancini pode acrescentar levando o que querem ou o que pensam os jogadores para o Raí que ele próprio, Raí, não pudesse ouvir do treinador e dos muitos auxiliares do técnico, uns cinco ou seis? Mais ainda, o que é que Vagner Mancini pode trazer de informação de Cotia para o Morumbi, alimentando Raí com informações que outra pessoa, da base, não pudesse dizer quando inquirida? E mais, o que é que alguém pode fazer como intermediário que uma reunião, uma vez que vão trabalhar em conjunto, não possa resolver, ali, ó, frente a frente? Sem nem me refirir especificamente e apenas ao ribeirão-pretano, que Deus o ajude e que não nos desampare, mas é que ficou em evidência agora que foi contratado para substituir Ricardo Rocha, outro ex-jogador, bom de resenha pra caramba, e talvez não tão bom assim na função de executivo. No Corinthians, depois do Mundial, além do reajuste absurdo de salário para os veteranos, foram todos guindados a postos administrativos, e quando o cara não se adaptou, foi-lhes garantido ótimo salário na volta para encerrar a carreira nos gramados, como Sheik e Danilo, que nem jogar mais jogava, mas lá é muito diferente, o Corinthians anda sozinho, até se me contratarem! Lá, é bastante ficar quietinho que a coisa anda e ninguém nem se lembra de executivo nenhum, mas em outros lugares, não, aparece o fora de campo também, a gestão. Deveria ser executivo quem é executivo mesmo, como em qualquer empresa séria, e não boleiro, que "entende de futebol". Esses boleiros viram jogadores sem nem entenderem de tática, sem nem serem além de apenas alfabetizados, ao contrário dos técnicos argentinos, que enchem a Europa! Nem de tática entendem nossos treinadores, e são noventa e nove por cento ex-jogadores, primeira qualificação para trabalhar no mundinho deles! Ricardo Rocha, Raí e Lugano, para ficar no trio, não levaram o Tricolor nem ao 4° lugar, o planejado, e vaga garantida na Libertadores? Ah, agora, alterando uma peça das três, vem título Paulista, Brasileiro e vaga na Libertadores do ano que vem, pronto, resolvido. Só para fechar, times devem horrores, acho que todo mundo sabe, são entidades que não precisam dar lucro, isso também acho que todo mundo sabe, é, portanto, o melhor lugar para dar sumiço a dinheiro, e no mundo do futebol o que conta é dinheiro, e quem tem amigo não morre pagão. Nesse mesmo mundinho, o lado mais fraco é o do torcedor, que sofre (porque quer) pela paixão que tem (paixão cega, rapaziada!), jogador mesmo, treinador, dirigentes e "executivos" só querem sua parte, fazer negócio e contar meia dúzia de balela para o torcedor de que tá trazendo fulano ou sicrano e que diante das dificuldades tudo correu bem etc., etc., etc., e o torcedor alivia a decepção e dá um voto de confiança para depois. Não acho que, além do emprego honesto e de bom ganho, que o ex-técnico do Vitória vai ter, conta mesmo é desfrutar mais tempo com a família do que o cargo em si e as obrigações a ele inerentes, jogava desde novo, virou treinador ato contínuo, foi campeão improvável da Copa do Brasil com o Paulista de Jundiaí e nunca mais ficou sem emprego, mesmo em times médios, sei que fez independência financeira repito que honestamente, e que Deus não o desampare. Nem a nós outros. Mas pra mim, este e outros casos semelhantes, com boleiros não passa de ação entre amigos o que vai garantir que viremos e continuemos sendo, nesses tempos de agora, uma espécie de Segunda Divisão do futebol profissionalizado e tornado empresa no resto do mundo. 
(Opinião, cada um tem a sua. Essa é a minha).