Felipão invicto desde que retornou ao Verdão. Foto internet: Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Agora, o futebol e tudo que é esporte que a mídia toma conta, vive de estatística. Na primeira rodada, um time ganha por 3 a 2 tendo feito dois gols de pênalti, todo munto divulga que foi a primeira vez nos últimos quatro anos e meio que um time ganha na primeira rodada por 3 a 2 com dois gols de pênalti. E ambos no primeiro tempo! O Verdão do Felipão não toma gol há 9 jogos sob seu comando, só se fala disso e não do joguinho que fez contra o Internacional-RS, vindo da Série B, um time Série B, que se empolgou e tá aí em segundo na tabela, e só está assim porque se fala que está jogando bem, que isso, que aquilo. Time bom mesmo, mas desses que dá confiança ao torcedor, vai pra cima, arrebenta os gaúchos no Beira Rio mesmo! O time do Palmeiras jogou ontem em busca de um empate. Pudera! Com esse tal Deyverson, com Marcos Rocha numa lateral, depois Diogo Barbosa, por favor, né? Eu assisti o jogo por dever de ofício e porque estava fazendo tanto frio que não dava para nenhum outro sacrifício, nem comer, detonando a dieta alimentar de emagrecimento e contra o colesterol. Mal comparando, o Corinthians campeão do ano passado tinha cara de campeão, sei lá o que acontece, mas fica evidente, é golzinho no finalzinho, é gol no comecinho, o que obriga o dono da casa a sair pro jogo, se arriscando a tomar no contra-ataque, alguma coisa assim que não tem explicação racional. Mas o Palmeiras, não! Ficava naquele joguinho modorrento de manutenção da invencibilidade da defesa, a fim de alcançar - o que não vai acontecer! - os 12 jogos do Zetti, em 1987, de ficar 12 jogos sem tomar gol, esquece. Título? Esquece. Como vai descontar essa diferença? Eu me renderia a um desempenho espetacular, dentro do Allianz Parque e fora de casa, em detrimento de campanhas fracas de São Paulo, o legítimo líder, que ganha chorado de um dos piores times, por meio a zero, numa demonstração de que, ele sim, está com jeitão de campeão. Flamengo à frente do Palmeiras, terceiro, outro candidato que teria que ter desempenho muito fraco para largar o osso. O Internacional, este não tem cacife de campeão, esquece também. Vai ficar ali, lado a lado com o Palmeiras na busca do G-4, G-5, G-6, sei lá que G, do Ponto G, pronto, como máxima recompensa. Time campeão tem jeito de campeão, tem cara de campeão, tem desempenho de campeão, tem sorte de campeão. O Palmeiras não tem nenhum desses requisitos. E, olha, para os que duvidavam da capacidade do Felipão, rotulando-o pela derrota acachapante na Copa do Mundo de 2014, estão a engolir a seco o desempenho do time fraco que ele tem e seu excelente sistema defensivo, coisa moderna. Não fosse assim, não estaria muito abaixo na tabela, mas não teria o 3° melhor desempenho, sem sofrer gol de time bom nem de time ruim; nem em casa nem jogando na casa do adversário. Ninguém é campeão do mundo invicto à toa, né? Vice da Eurocopa entre outros títulos importantes sem qualidade. Talvez seja o técnico o melhor do time.
(Opinião, cada um tem a sua. Essa é a minha).
