Com 10 minutos de treino, 78% de posse de bola do Osasco, à la Fernando Diniz, 22 jogadores concentrados de intermediária a intermediária: um procurando uma falha do adversário, aquela bola de que tanto se fala, e o outro, sabendo da fama do adversário, precavido, bem postado e atenção a mil. Resultado: joguinho chato. E não fosse o excesso de confiança no toque de bola de uma lateral (a direita) para a esquerda, sem passar pelo goleiro Rodrigo Alves, e não fosse a insistência e a persistência do Mamadeira em disputar com o lateral, ganhar a bola dele, ajeitar na meia direita do ataque e, de longe, de fora da área, colocar com perfeição no ângulo do goleiro, não sairiam do 0x0 no primeiro tempo. Mas ficou Paulista 1x0, gol do mais lúcido atacante, o Mamadeira.
Dos 30 minutos em diante, deixou de existir essa posse de bola tão absurda do time de Osasco. O Paulista, mais confiante, mais solto, ofereceu-se pro jogo sem se descuidar da defesa, bem protegida por Brandon, Maiko, Landro Alemão e Felipe.
Já na saída do segundo tempo, Jáder fez 2x0 e aos 5 minutos, Tiago Silvi descontou, deixando o placar que iria até o fim: 2x1. Houve um lance polêmico, um pênalti que poderia ter sido assinalado e que, provavelmente, levaria ao empate: o jogador do Osasco foi derrubado na área, abriu mão de ficar no chão, levantou-se, seguiu na jogada mas perdeu a vantagem pelo desequilíbrio gerado pela falta sofrida, mas o árbitro não entendeu assim, tudo bem. Mas o técnico Fernando Diniz não deixou barato ao final do jogo, foi e disse cobras e lagartos. Faz parte.
Depois, como é comum em jogos-treinos, os técnicos alteraram, pondo todo mundo no jogo, o que deixa maluco o analista, mas também faz parte. Mas restaram boas impressões do time do professor Roberval Davino, que de bobo não tem nem a cara!
Até onde o time vai na Série A-2 do Paulista é difícil prever, tirando uns quatro ou cinco favoritos - será em pontos corridos com os quatro melhores garantindo acesso -, o resto vai lutar pelo mesmo objetivo: a manutenção. Está todo mundo passando o pires, sem grana pra nada, nem quem tinha dinheiro hoje tem, é um miserê de dar dó.
Vamos continuar aguardando e na torcida.
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