24 outubro 2019

Cadê o "imortal"? Contra Palmeiras é fácil, não contra o Flamengo. Aí, não, Grêmio!


Gabriel e Bruno Henrique e seus gols contra o Grêmio. Foto de Wilton Junior/Estadão

Dessem esse mesmo time do Grêmio ao idolatrado técnico português do Flamengo e o resultado teria sido o mesmo, dessem esse time do Flamengo ao Renato Gaúcho e o resultado não teria sido outro também não. Técnico ganha jogo? Ganha. Mas também perde. Elenco (bom) ganha jogo? Ô se ganha! Ganha título também, como esse do Flamengo é capaz de ganhar a Libertadores e até, depois, o Mundial de Clubes, seus jogadores são "europeus" experientes nesse tipo de disputa, e alguns já se bateram contra o futuro adversário (caso ganhe a Libertadores, coisa muito provável de acontecer). Agora, os jogadores-mala que o time gaúcho teimou em manter, pagando caro seus salários reajustados para aumentar também a multa contratual, pensando que algum time viesse feito maluco atrás desse tal Luan ou do tal Everton "Cebolinha", maluquice financeira que somente um clube no mundo é capaz de fazer. Quem? Ora, vai dizer que você não sabe que é o Palmeiras, usando o cofre da Crefisa a fim de distribuir comissão a torto e a direito? Ganham comissões nesses negócios pai de jogador, irmão de jogador, noiva de empresário, quem vende, quem compra, só não ganho eu, mas aí é problema difícil de resolver. No caso do Flamengo, trilhou o caminho planejado de um falido poucos anos atrás a um equilibrado financeiramente, graças à administração profissionalizada, e com aquisições pontuais de primeiro nível, e não às "baciadas" para distribuir, como dissemos, dinheiro aos amigos e emprestar esses pernas de pau aos Goiás da vida, jogadores adquiridos apenas com a justificativa plantada na imprensa de que algum time da Europa tinha interesse no talzinho, uma promessa, um craque! O Flamengo, não! Foi atrás de cobra criada logo de uma vez, pagando salário alto, mas direito econômico baixo. É quase um time estrangeiro em todos os sentidos, e o Grêmio é um quase brasileiro, que joga um futebol à uruguaia. Enfim, vai à final o melhor dentro e fora de campo mesmo, a justiça não foi feita, a justiça se faz quando a competência entra em campo e administra o escritório. O Grêmio muito provavelmente vai fazer o que fez seu adversário local, que demitiu o técnico perfeitamente alinhado às coisas do Sul e do Internacional. Aí, contratará algum técnico comum e continuará na base da emoção, da motivação momentânea para se julgar "o imortal", coisa que não é. Ter virado contra o Palmeiras, em plena São Paulo, não é o mesmo que ganhar do Flamengo, no Maracanã. Aquele jogo do qual nos lembramos, contra o Náutico, no Recife, foi uma coisa; vencer o Flamengo atual, valendo milhões nos cofres e projeção internacional, é coisa para poucos. E não é para esse tipinho que faz o time gaúcho nem para nenhum outro brasileiro no momento. Tchau queridos! 

(Opinião, cada um tem a sua. Essa é a minha). 

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