03 dezembro 2018

Paraná, Sport, América-MG e Vitória, os 4 rebaixados, tiveram "reforços" de "craques" do "melhor elenco". Mas já chegou outro descartável, Zé Rafael.

Dudu recebendo medalha. Foto internet de Paulo Whitaker/Reuters

Os 80 pontos conquistados são números espetaculares que repetem o título de 2016. Mas ainda perde dos 81 pontos que fez o Corinthians em 2015, 81 pontos, melhor desempenho nos últimos dez anos de Campeonato Brasileiro. Ano passado, só 75 pontos conseguiu Fábio Carille, mercê de um segundo turno ruim, o Corinthians desmancha seus elencos a torto e a direito e o técnico que se vire. E para esse mister, ao que parece, só tem mesmo um: Carille, tanto que ele está sendo trazido de volta alegando não haver estrutura para desenvolver seu trabalho. Tá, me engana. Ainda sobre a pontuação, o Cruzeiro, em 2014, também fez 80, apenas para se fazer justiça. Depreende-se que esse revezamento no Brasileiro não é de nenhuma maravilha, nenhum time que encante e massacre adversários como decorrência, é mais a competência incontestável do jovem Carille ou a rodagem do técnico Felipão ou do Marcelo Oliveira, título com a Raposa que o fez ser sondado pelo projeto megalomaníaco palmeirense, de cheque em branco ao diretor para se relacionar livremente com empresários, na confiança. Desse Cruzeiro, vieram Egídio, Mayke, William "Bigode" e por aí vai. Juntos com o técnico, que não dei em nada. Aí, começaram a gastar o que tinha de saldo, bom ou ruim o jogador, o que importava era quem o empresário precisava empurrar de contrapeso junto com algum que interessasse ao técnico. Promessa no Goiás, jogo da televisão, o locutor local disse que havia um interesse da Roma pelo tal Eric: adivinha? O Palmeiras foi lá e pimba! Havia Raphael Veiga, no Coritiba, despertando interesse de times europeus e, de novo, cheque visado comprou. Hyoran, da Chapecoense, idem. Um zagueiro, que não serviu para a base do Corinthians, fez a ponte para a Europa e foi trazido e outro, este jovem, para o Vasco fazer caixa, idem. O Cuca tinha nos treinamentos em Itu cerca de 40 ou 50 jogadores para se virar, muita gente de baciada. Raphael Veiga reforça o Atlético-PR, virou nada. Eric, no Botafogo, virou a mesma coisas. Zé Rafael, que vem para 2019, terá tempo de assinar contrato bom, longo prazo, resolver sua vida financeira e de seu empresário, e, depois de um tempo, procurar um lugarzinho no Fortaleza, quem sabe? No Goiás também cabe... O zagueiro Juninho está no Atlético-MG. É longa a lista. Pra mim, quase todos os contratados pertencem a um cartel de empresários que para ceder um ou outro de interesse do time, empurram uns dois de interesse deles próprios, para fazerem rodar suas peças, seus produtos, a fim de que tenham vínculo contratual para entrar renda regular - e em dia -, e o Palmeiras é o melhor lugar para isso. Terremos o mesmo time em 2019 que não teve punch de ganhar do Corinthias o título estadual; não ganho semifinal da Copa do Brasil contra o Cruzeiro e foi eliminado pelo Boca Juniors da Argentina merecidamente porque na fase anterior teve oportunidade de já eliminar indiretamente. Não fez, dançou. Mas se não perdesse do Boca, ficaria para o Grêmio. A conversinha é que o alvo é a Libertadores, como se não tivesse sido este ano. Com esse "melhor elenco" do Brasil aí? Ganha nada! E com o Carille de volta, favorito nesses campeonatinhos nacionais passa a ser o remendado Corinthians. E a Libertadores, hein? Grêmio, Grêmio! O time gaúcho renovou com Renato, manteve todo mundo, tudo jogador mediano, consciente disso, ninguém tem direito a salto alto, como em outros elencos milionários, se é que você me entende. E aos jogadores e torcedores iludidos, que comemorem, a vida seria sem graça se a verdade caísse nos ouvidos de quem é guiado pelo subjetivo do amor extremo, como somente um torcedor iludido é capaz de se apaixonar e cair em conversinha fiada de quem faz negócio a fim de enganar os apaixonados iludidos. E com o coração afagado pela conversinha dos espertalhões que só querem tirar seus caraminguás dos cofres do clube, experts em desculpinhas doces, vão passando lábia e ganhando suas comissões e enriquecendo, enchendo seus cofres já milionários. Ano que vem, tem as mesmas desculpas para as perdas dos objetivos e, se ganhar uma, tá tudo nos conformes para engabelar o torcedor iludido, que acha que o Dudu é selação. Tá, tá bom. 
(Opinião, cada um tem a sua. Essa é a minha). 

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