18 outubro 2018

Parabéns, Cruzeiro, campeão da Copa do Brasil (de clubes dirigidos de forma amadora, cujos balanços fecham no vermelho sempre. Mas jogador ganha os tubos!)

Festa do Cruzeiro em Itaquera, campeão da Copa do Brasil 2018. Foto internet: Daniel Teixeira/Estadão

Estava na cara que o Cruzeiro era o favorito, principalmente depois de abrir 1 a 0 no primeiro dos dois jogos, em Belo Horizonte. Tendo que decidir na casa do adversário, em São Paulo, o experiente time mineiro não se assustou nem reclamou do sorteio - nem da sorte -, o time sequer empatou fora de casa jogando pela Copa do Brasil 2018, venceu todos os jogos, todos! Com esse retrospecto, o empate era o segundo resultado que lhe favoreceria. Ao Corinthians, vencer ou vencer. E a Fiel compareceu! 45.978 apaixonados corintianos proporcionaram R$ 5 milhões de renda, dinheiro muito importante para ajudar a equilibrar as contas do time do Parque São Jorge. Mas o problema estava circunscrito mesmo às quatro linhas, depois dos seguidos desmanches, após seguidos sucessos: Campeonato Paulista e Brasileiro de 2017 e o Paulista de 2018, saída que incluiu o excelente Fábio Carille, técnico novato e, dessa safra, o único que merece a tarja de competente, os resultados atestam isso. Agora, no exterior, vamos poder ter essa certeza. Como prêmio ao filho do Furacão de 1970, Jairzinho, trouxeram para substituir Carille o tal Jair Ventura, que deixou o Santos à beira do precipício, ops! Erro gravíssimo sua contratação. Mas com qualquer outro, o limite do Corinthians é esse mesmo, o de quase protagonista. E só veio até onde veio por causa do seu torcedor, vai por mim. O corintiano é o torcedor que faz mais diferença. 
Como a história se escreve pelo lado vencedor, o Cruzeiro, no meu modo de ver, ainda acredita no velho esquema intuitivo do futebol brasileiro, amadoristicamente administrado, e fez isso ao desembolsar R$ 60 mil como auxílio a um deslocamento do jogador Arrascaeta voltar do Japão. Aos que dizem que ele foi decisivo porque pediu ao técnico para jogar e, mesmo tendo entrado aos 40 do segundo tempo, fez o gol da vitória. E os R$ 60 mil? Nenhum outro jogador faria o gol da vitória? E o empate não garantia, já, àquela altura, o título cruzeirense? E os R$ 60 mil? Um adversário que passara 435 minutos sem balançar as redes adversárias era de meter medo? E se fizesse o 2 a 1, ainda assim, iria apenas para decisão por pênaltis. E os R$ 50 milhões a que faz jus o campeão da Copa do Brasil não servirão de muita coisa ante a carta branca que teve o técnico Mano Menezes de escolher quem bem quis e dispensar quem bem quis nesses 183 jogos à frente da Raposa, e nessas ocasiões, quando a vaga na Libertadores vem antecipadamente, o clube abre as burras para premiações e festas. E o dinheiro se esvai. No Corinthians, depois do Mundial, com Tite, vieram as recompensas a Danilo, a Emerson Sheik, veteraníssimos ainda com contratos vigentes, depois de belos reajustes, isso quase cinco anos atrás. Dessa forma amadora não tem balanço que feche no azul, em time nenhum exceto o Palmeiras, que é aquele que mais desperdiça, mas tem a dona da Crefisa a derramar seus milhões, dinheiro honesto dos dois mais rentáveis negócios que explora: ensino e financeira. Como futebol não é para dar lucro, é para ganhar títulos, e como somente 1 na Copa do Brasil e 1 no Brasileiro são campeões, os demais todos só se ferram.
(Opinião, cada um tem a sua. Essa é a minha)  

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