Festa do Cruzeiro em Itaquera, campeão da Copa do Brasil 2018. Foto internet: Daniel Teixeira/Estadão
Estava na cara que o Cruzeiro era o favorito, principalmente depois de abrir 1 a 0 no primeiro dos dois jogos, em Belo Horizonte. Tendo que decidir na casa do adversário, em São Paulo, o experiente time mineiro não se assustou nem reclamou do sorteio - nem da sorte -, o time sequer empatou fora de casa jogando pela Copa do Brasil 2018, venceu todos os jogos, todos! Com esse retrospecto, o empate era o segundo resultado que lhe favoreceria. Ao Corinthians, vencer ou vencer. E a Fiel compareceu! 45.978 apaixonados corintianos proporcionaram R$ 5 milhões de renda, dinheiro muito importante para ajudar a equilibrar as contas do time do Parque São Jorge. Mas o problema estava circunscrito mesmo às quatro linhas, depois dos seguidos desmanches, após seguidos sucessos: Campeonato Paulista e Brasileiro de 2017 e o Paulista de 2018, saída que incluiu o excelente Fábio Carille, técnico novato e, dessa safra, o único que merece a tarja de competente, os resultados atestam isso. Agora, no exterior, vamos poder ter essa certeza. Como prêmio ao filho do Furacão de 1970, Jairzinho, trouxeram para substituir Carille o tal Jair Ventura, que deixou o Santos à beira do precipício, ops! Erro gravíssimo sua contratação. Mas com qualquer outro, o limite do Corinthians é esse mesmo, o de quase protagonista. E só veio até onde veio por causa do seu torcedor, vai por mim. O corintiano é o torcedor que faz mais diferença.
Como a história se escreve pelo lado vencedor, o Cruzeiro, no meu modo de ver, ainda acredita no velho esquema intuitivo do futebol brasileiro, amadoristicamente administrado, e fez isso ao desembolsar R$ 60 mil como auxílio a um deslocamento do jogador Arrascaeta voltar do Japão. Aos que dizem que ele foi decisivo porque pediu ao técnico para jogar e, mesmo tendo entrado aos 40 do segundo tempo, fez o gol da vitória. E os R$ 60 mil? Nenhum outro jogador faria o gol da vitória? E o empate não garantia, já, àquela altura, o título cruzeirense? E os R$ 60 mil? Um adversário que passara 435 minutos sem balançar as redes adversárias era de meter medo? E se fizesse o 2 a 1, ainda assim, iria apenas para decisão por pênaltis. E os R$ 50 milhões a que faz jus o campeão da Copa do Brasil não servirão de muita coisa ante a carta branca que teve o técnico Mano Menezes de escolher quem bem quis e dispensar quem bem quis nesses 183 jogos à frente da Raposa, e nessas ocasiões, quando a vaga na Libertadores vem antecipadamente, o clube abre as burras para premiações e festas. E o dinheiro se esvai. No Corinthians, depois do Mundial, com Tite, vieram as recompensas a Danilo, a Emerson Sheik, veteraníssimos ainda com contratos vigentes, depois de belos reajustes, isso quase cinco anos atrás. Dessa forma amadora não tem balanço que feche no azul, em time nenhum exceto o Palmeiras, que é aquele que mais desperdiça, mas tem a dona da Crefisa a derramar seus milhões, dinheiro honesto dos dois mais rentáveis negócios que explora: ensino e financeira. Como futebol não é para dar lucro, é para ganhar títulos, e como somente 1 na Copa do Brasil e 1 no Brasileiro são campeões, os demais todos só se ferram.
(Opinião, cada um tem a sua. Essa é a minha)
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