06 novembro 2014

Se o Paulista já existe, para que um "Novo Paulista"? Parte 2

No futebol profissional, não há lugar para voluntariado, estagiários, abnegados nem apaixonados. O ambiente é profissional remunerado. Tem que haver orçamento, metas e objetivos diariamente avaliados." (Bola com gravata). 

Continuo acreditando também que seja melhor fazer alguma coisa do que não fazer nada, mas me vem à cabeça por que daria certo agora essa tentativa de levantar o Paulista definitivamente e sustentavelmente se tentativas anteriores não elevaram o Galo a outro nível, a outro status, não deram certo, e olhe que em condições conjunturais mais favoráveis, como em 2004, com o time holandês PSV Eindhoven, que se tornaria dono 100% do futebol do  Paulista, conforme noticiado no site Terra, link a seguir.
 
O time holandês teria controle total do futebol do Paulista, viria e investiria em dólares, do profissional às categorias de base, e nomearia gerente de futebol, gerente financeiro e coisa e tal para "investir pesado no clube brasileiro, que passaria a usar uniforme Nike com propaganda da Philips(...), conforme entrevista dada ao Estadão acerca da viagem à Europa para assinatura do contrato. Haveria um Centro Técnico, que receberia o nome Guus Hiddink, uma homenagem ao diretor do time holandês, que viria ao Brasil constantemente para ministrar palestras a jogadores". Isso, salvaria o Galo de todos os problemas que o afligiam e que limitavam o planejamento para a montagem de um time competitivo.   
 
Antes da decisão de 2004 contra o São Caetano e do vice-campeonato, o Paulista ofereceu seu departamento de futebol profissional ao time do ABC, conforme matéria da Folha de São Paulo (link disponibilizado abaixo), depois da rescisão com a Parmalat. A intenção, segundo reportagem do jornal paulistano, era aproveitar a presença das Casas Bahia em Jundiaí, com seu centro de distribuição, e pelo fato das Casas Bahia serem intermediárias na negociação que levaria a Consul a patrocinar o Azulão do ABC paulista. Não deu em nada!
 
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk1004200402.htm

Continuo repetindo a ladainha de que o Paulista é o principal produto esportivo de Jundiaí e que o Paulista bem, todos ganhamos e com o Paulista mal, todos perdemos. Mas é necessário o contraponto, o ceticismo de quem não crê nesse milagre acontecendo assim, do nada, apenas porque pessoas respeitáveis, sem dúvida, oferecem - apenas - seus nomes em aval para que apareçam empresas e empresários de boa vontade dispostos a arcar com as despesas de manutenção de um time de futebol e que permita liquidar uma dívida preexistente inclusive com o parceiro anterior. Um time de futebol profissional não custa barato, nem da Série A-2 do Paulista! E com a pouca exposição em mídia, que empresas grandes apoiariam? Que empresa garantiria desembolso mensal e por quanto tempo? E em troco de quê? Se vier o sucesso, ótimo, mas é necessário que os pontos de vista sejam todos postos em discussão, inclusive o dos incrédulos.  Eu penso isso e respeito quem pensa o contrário e fiz questão de colocar os links dos órgãos de imprensa que publicaram matérias acerca do assunto para certificar de que não faço parte de nenhuma facção ou corrente, apenas não acredito em resultados sustentáveis assim, num piscar de olhos. 
(Opinião, cada um tem a sua. Essa é a minha.)

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