31 janeiro 2018

o Paulista na Segunda Divisão Sub-23 (Profissional)

Do ponto de vista da acepção do torcedor, em São Paulo temos a A1, A2, A3, A4... Oficialmente, Campeonato Paulista da Segunda Divisão Sub-23 2018, o que antigamente chamavam B1 ou "Bezinha", questão menor quando se chama a realidade à discussão, equivale à Quarta Divisão o campeonato que Paulista F.C. de Jundiaí vai jogar, uma divisão semi-amadora ou semiprofissional, campeonato situado numa zona cinzenta entre os que têm dinheiro ou algo a aspirar num espaço curto e entre os que precisam buscar ânimo espiritual para motivar jogadores, comissão técnica e torcedores a apoiar o time apenas por amor. Atrativo que atraia propaganda, patrocínio ou dinheiro está anos-luz à frente, pelo menos 3 temporadas. Como manter custo operacional para atividades entre abril e outubro? Como manter contas em dia com verba de R$ 30 mil para a fase inicial e, quem tiver a sorte de passar à próxima fase, recebe outros R$ 35 mil. Tem time aí pagando metade dessa verba ao técnico milagreiro contratado para fazer o time "subir", e nem sempre sobe. Poder inscrever ilimitadamente jogadores vinculados à base é uma vantagem, mas somente 5 podem atuar de uma vez. Deixassem livre! Quem não quiser se endividar ainda mais com profissionais mais caros, que faça feio, mas que treine os seus das categorias menores, mais baratos também. Na faixa dos 23 anos, os empresários ainda vendem a ideia de que o pupilo vai crescer, vai despertar cobiça de um Corinthians ou Santos da vida. O que não é verdade: fosse bom, já estaria nesses times, que têm olheiros em cada canto do Brasil. Dessa forma, entra ano e sai ano e os times da Segunda Divisão acabam mais pobres ainda, de pires na mão sem ter nem a quem recorrer. E o ingresso mínimo a R$ 10 Reais? Deveriam deixar que o promotor do espetáculo fizesse, à sua escolha, valores a receber e atrair gente a campo em função do espetáculo que terá, ganhando mais pela quantidade que pudesse levar a campo do que com o valor e menor gente pagante. E quando fosse o caso, de algum "clássico" desse nível de campeonato, cobrar o que achasse viabilizasse pelo menos as despesas mínimas, pelo menos isso! Dá prejuízo bilheteria... Então, profissional só no nome e na assinatura da carteira. Ninguém trabalha de graça, ainda que salários não sejam lá grandes coisas, mas isso vai refletir em algum processo na Justiça do Trabalho  no fim dos 6 meses de campeonato, quer apostar? Tanto pior. No caso do Paulista, nossa torcida é para que se encontre, mas, no meu entender, precisa de um exercício de humildade antes, admitir que está no fundo do poço e que o remédio é começar do zero, sem os vícios do futebol profissional. Estamos em outro ambiente, um nível abaixo do profissionalismo. Eu acho. 

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