A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é empresa privada, faz com o dinheiro dela o que bem entender, inclusive premiar com R$ 11 milhões os jogadores que jogaram para ela quando nós sempre pensamos, porque fomos induzidos a acreditar, que jogavam pelo Brasil. Agora, depois da volta triunfal do Felipão com seu discurso ufanista, mais ainda. Aquela entrada em campo "cobrindo", como num quartel, era parte disso, só faltava entrarem marchando com a mão no peito esquerdo.
Entendamos definitivamente que jogador de futebol joga por seleção não como coisa oficial. Joga porque contribui para seu projeto pessoal de mercado e lhe permite melhores contratos. Com isso, ganha também o empregador (clube) e ganha quem conta com ele por empréstimo (a seleção), que disputa um torneio organizado por uma empresa internacional privada, a Fifa, organizadora de eventos de futebol, rica, muito rica. Não se descabele mais, patriota! Copa é isso.
A COPA Fifa 2014, a 20ª
Depois de 64 jogos em 31 dias, a Alemanha ganha seu 4° título definido por seu capitão, Philipp Lahm, como "vitória que coroa o jogo coletivo". E complementou melhor ainda: "Mais vale ter o melhor conjunto do que os melhores jogadores." Que capitão, hein?
-Todos os campeões presentes (Brasil 5 títulos, Alemanha e Itália, 4; Argentina e Uruguai, 2; França, Inglaterra e Espanha, 1
-11 Copas das 20 dão à Europa primazia e põem a América do Sul, de seu futebol intuitivo de craque vindo de favelas e dos campos de terra das periferias pobres: já era!
-Itália, Uruguai e Inglaterra eliminados na 1ª fase;
-171 gols marcados, média de 2,71 por jogo;
-Romeiro, goleiro argentino, ficou 485 minutos sem tomar gol, recorde, superando o também argentino Ubaldo Fillol, que em 1978 não levou nenhum gol em 375 minutos jogados
A Copa vai deixar algo de novo?
"Técnicos repetem velhos esquemas (pág E21, Caderno de Esportes de O Estado de S.Paulo de 14 de julho). O que se viu foi uma repetição dos esquemas utilizados pelas seleções durante as Eliminatórias e outros torneios. As 32 seleções se dividiram entre esquemas táticos muito parecidos, como 4-1-4-1 e 4-2-3-1. Em ambos, a defesa é formada por quatro jogadores e o ataque tem um homem de referência. O que muda é o posicionamento de meio campo". Para o técnico holandês, "tudo já foi inventado no futebol".
Para fechar, Van Gaal ao lamentar ter perdido nos pênaltis a semifinal para a Argentina, disse ter sido pior do que perder por 7x1, que demonstraria cabalmente ter sido inferior. Da forma como foi, igual, mostra que tinha condições, que era possível. Vida que segue? Vida que segue, vambora.
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