11 julho 2014

O Brasil não foi "humilhado", só os 11 jogadores em campo. Brasil não é a Seleção

Brasil é mais que a Seleção, vamos combinar?
 
"Não foi o Brasil quem tomou uma sova histórica, mas os 11 jogadores escalados por um técnico que, assim como eles, trabalha sob contrato para uma entidade privada, a CBF, que, por sua vez, existe para dar lucro tanto quanto as suas congêneres do mundo inteiro, reunidas todas na famigerada federação da famiglia Blatter, a Fifa. Além disso - e à parte a manifesta superioridade tática do adversário - o desfecho foi literalmente excepcional. A sua causa evidente foi outra raridade, pelo menos em jogos entre seleções da primeira liga mundial: os 4 gols alemães em 6 minutos que entorpeceram o time de Luiz Felipe Scolari.
A chance de isso se repetir, joguem os selecionados dos dois países quantas vezes possam até o fim dos tempos, é ínfima. No acumulado desde 1963, os canarinhos colecionaram 12 vitórias em 22 embates, ante 5 dos rubro-negros e igual número de empates. Isto posto, o que diriam os que culpam os males do País pelos aberrantes 7 a 1 se a esquadra de Joachim Loew não tivesse ido além de um vitória por 2 ou 3 gols de diferença? Uma coisa, portanto, é a ilógica que torna o futebol fascinante, como observa o técnico argentino Alejandro Sabella. Outra, o Brasil. De mais a mais, em matéria de más notícias, o governo já se incumbe de atingir os brasileiros com uma sequência interminável".
(Página A-3, edição de quinta-feira, 10 de julho, de O Estado de S. Paulo, editorial "Deixem o Brasil fora disso").
 
 
 
 

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