23 julho 2018

Depois da Copa, ver Palmeiras e Atlético-MG explica por que o hexa não veio. Nem vai vir tão cedo!

"Cajado" rendeu amarelo a Moisés. Foto internet: Paulo Whitaker/Reuters


O Palmeiras venceu meio que por acaso por 3 a 2 o jogo contra o Atlético-MG, time que tinha três pontos a mais. Agora, estão ali, pau a pau. Mas nenhum tem bola para ser campeão de nada! O futebol jogado é na base do chutão, bolas longas, ou "quebra" o goleiro ou se desfaz dela quem tiver com a bola e for acoçado por adversário. E, sabemos todos, que bola no alto não tem dono, e dizem as estatísticas que 95% das bolas quebradas pegam o adversário de frente para o campo de onde ela vem e com chances maiores de rechaçarem. Mas a discussão é sobre o cartão amarelo a Moisés, que comemorou, segundo ele, para seus familiares que se encontravam naquele setor do estádio e o exagero que lhe valeu cartão amarelo. Também a verborragia tacanha do presidente atleticano que não poupou a arbitragem, chamando o árbitro de ladrão e equivalente, presidente de agremiação que disputa um campeonato nacional? Aí, os jogadores crescem! Assim que o árbitro apitou o final do jogo, partiram pra cima dele a fim de briga, você sabe, né?, em grupo, todo mundo vira "galo de briga", com o perdão do trocadilho. Um jogador atleticano, quem nem mais na partida estava, no meio do bolo, xingou a arbitragem e recebeu cartão vermelho. Durante o jogo, em campo, havia sido advertido com amarelo por reclamação. Esse aí, para pegar como um único exemplo de como funcionam as coisas no país que vai ficar por muito tempo ainda sendo apenas pentacampeão do mundo, um de cabelo descolorido, que veio do Coritiba, em Belo Horizonte deverá ser devidamente endeusado por ter sangue nas veias e xingado quem merecia mesmo ser xingado, quem é ladrão, quem roubou o Galo na mão grande, quem veio para fazer o "serviço". Outro, mais experiente, Ricardo Oliveira, em entrevista à TV Globo, disse que nem falta havia feito no Edu Dracena, no lance que originou o lindo gol de falta feito por Bruno Henrique, que o árbitro não marcava as mesmas faltas para os dois lados, que "aqui"(?), referindo-se, provavelmente, ao Allianz Parque, era assim. Ele, jogando pelo Santos, em Belo Horizonte, contra o Atlético-MG, seu atual time, fazia menção igual. Se amanhã vier a jogar pelo Alviverde, jogando em Santos ou em Belo Horizonte, vai dizer a mesmíssima coisa. E o jogo? Um horror de modernidade! Depois de duas Copas do Mundo em que a única novidade tática foi colocarem homens no tal "trenzinho" nas cobranças de escanteios, ficou patente que o certo são passes curtos, porém seguros. Palmeiras joga dando lançamentos à la Copa de 70, quando Gerson acertava bolas de 70 metros. Hoje, não dá, os times se concentram num espaço curto, de menos da metade dessa distância, os passes são em vão. E atravessar bola de uma lateral à outra? Idem. Via de regra, o que receberia a bola, no extremo oposto do campo, tem que correr, se esforçar, e chega junto com o adversário, o que obriga o cara a devolver bola à defesa, sem nem ganhar uns metros de território que seja. Então, Palmeiras e Atlético-MG fizeram um jogo à brasileira, sem brilho, exceção feita à cobrança de falta espetacular do Bruno Henrique. Palmeirense, você sabia há quanto tempo não saía gol de falta? O último, salvo engano, foi em 28 de fevereiro de 2015, Palmeiras e Capivariano, gol do Robinho, que joga no Cruzeiro. Naquele dia, vitória por 2 a 0. Só pra fechar esse Palmeiras e Atlético-MG, foi falta, sim, do Ricardo Oliveira no Edu Dracena e se o resultado adverso adviesse, a choradeira do lado palmeirense seria muito parecida, e jogador que fosse expulso, "justificadamente", não receberia punição. Algum dos expulsos no jogo Flamengo e Palmeiras deixou de receber seu rico e honesto dinheirinho na conta bancária? Não, né? Então, a frase "Que venha o hexa" vai continuar sendo apenas um bordão publicitário da Rede Globo em busca de audiência. Como o brasileiro tem visto muito o futebol europeu, até essa audiência tende a ficar no caminho, diminuída enquanto coisas desses bocas-sujas continuarem repercutindo em vez de exaltarem a luta e a qualidade de seus jogadores, mesmo sendo, também, falsa, politicamente correta, apenas isso, cairia melhor, soaria mais educado, pelo menos isso. Já que futebol melhor não tem para apresentar, pelo menos não piorasse a educação dos brasileiros que gostamos de futebol.
(Opinião, cada um tem a sua. Essa é a minha).

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