22 julho 2018

Saída do Rodriguinho equivale à saída do Cristiano Ronaldo do Real Madri

Rodriguinho despediu-se do Corinthians Foto internet: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

A ida de Rodriguinho para o Egito desfalca o Corinthians e, principalmente, o Domingão do Faustão, que perde uma linda bailarina, namorada do jogador. O Corinthians perde muito, mas ficar com ele, pagando mais ou sei lá fazendo o quê, não mudaria nada o status desse elenco muito enfraquecido em relação a 2017. Talvez, reinventar-se a partir da filosofia do novo técnico, sem trazer ninguém especial, como fez o São Paulo, que era 18º no ano passado, depois de 14 rodadas, com apenas 12 pontos, menos que 1 ponto por jogo, e que, mesmo sob desconfiança, acabou dando resultado. Não é fruto de mágica, mas de planejamento. Considera a temporada perdida, Corinthians, refaz as contas, traz gente boa e barata, deixa Osmar Loss indicar que acabará por conduzir às vitórias de novo. Não é time para cair, nada a ver, mas não dá para aspirar nada grande em 2018. O que vier é lucro. Mas perder por 3 a 1? Que coisa! Mas era a chance do São Paulo ganhar, e bem, de um Corinthians apequenado pelas saídas de seus principais jogadores. Não tinha despedida de Rodriguinho da vida que animasse quem não tinha técnica nem raça típica corintiana capazes de ganhar nada maior do que uma sapecada no lombo, como aconteceu. E no Morumbi, onde o Corinthians costuma se dar bem contra o São Paulo. Faz parte. Sai Rodriguinho, o principal jogador, cuja venda equivale, em termos de perda, à de Cristiano Ronaldo ao trocar Madri por Roma. Mas, ficando, sozinho, Rodriguinho não mudaria o status que assume o Corinthians nesse instante, de time na faixa mediana, que causa desconfiança em seu torcedor, mesmo no mais apaixonado. Este, pelo menos, não abre mão de torcer, de amar seu time. De estar presente nas horas ruins, como esteve na bonança. Mas os 45% de aproveitamento, fruto dos 19 pontos e a 8ª posição na tabela de classificação fogem muitíssimo da liderança de 2017, depois de 14 rodadas (86% de aproveitamento, 36 pontos, quase o dobro do que conseguiu em 2018, e a liderança invicta naquela altura), nada disso tem a ver com a troca do Fábio Carille pelo Osmar Loss, acontece, acontece... E a tendência é que fique mesmo morgando em posição intermediária da tabela, não tem como conseguir nada espetacular com os jogadores que tem, por isso a saída do Rodriguinho vai ser pior para o Domingão do Faustão, que vai perder uma bailarina linda, a namorada do corintiano (Quá-quá-quá!), com ele no Timão, sozinho a brilhar, não tinha destino diferente que terá daqui para a frente, sem ele. E não adianta contratar ninguém, digamos, diferente. O que deve fazer é remontar o elenco no todo, adequado ao novo treinador, como fez o São Paulo, que divide a liderança com o Flamengo, pau a pau, e que em 2017, nessa altura, estava na zona de rebaixamento, era o 18° com 12 pontos e abriu mão de tudo para se reinventar. E, mesmo sob desconfiança, apostou nessa fórmula nada mágica, mas que acaba dando certo. Não tem pinta de campeão apenas porque aplicou uma goleadinha (Quá-quá-quá!) por 3 a 1 no Corinthians, mas porque venceu o Flamengo, no Maracanã. A prova de fogo é o jogo do meio de semana contra o Grêmio, em Porto Alegre. Dali para a frente se aposta - ou não - em ótimo final de ano para os são-paulinos. Por ora, deixa por conta da euforia: não é possível que um jogo onde o lateral seja "o cara" represente nada de tão extraordinário assim, senão um "acidente" perfeitamente previsível ante um adversário, useiro e vezeiro vencedor, mesmo no Morumbi, mas que tem um time absolutamente sem a cara do que o Timão representa, muito fraco. E fraco vai permanecer, corintiano, não se iluda. 
(Opinião, cada um tem a sua. Essa é a minha). 

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