11 julho 2018

Se tivessem um "Neymar" para todo o time jogar pra ele, teriam sido despachados pela Bélgica

Didier Deschamps comemora vitória 1 a 0 sobre a Bélgica. Foto internet: Paul Ellis/AFP

Se o técnico francês mandasse o time todo jogar a bola no M'bapé e ele tivesse liberdade para "no último terço do campo, driblar", como liberou o Tite o tal Neymar, os franceses teriam sido despachados também pela Bélgica. Como isso não aconteceu, como os franceses se portaram como um time, um coletivo, ganharam a vaga. E mais, se tivessem um Coutinho, o único jogador da Copa do Mundo que tem 3 Ps no nome (Quá-quá-quá!), também não teriam ganho: na França, quando um cara não tá rendendo, o técnico tira, inclusive o craque do time, no time francês não tem "dono". Se o técnico francês tivesse fechado com quem lhe levantou o moral nas eliminatórias, também teria dançado, mas ego, lá, não tem, de ninguém. O negócio são objetivos do coletivo, a França é um time, entende? Nós, por força da televisão e de seus locutores orientados para nos prender a audiência, relevam as firulas circenses de um tal jogadorzinho, rico graças ao desempenho, evidente, e com toda honestidade, opa?, mas que não serve para o futebol moderno. Futebol moderno não se prende mais a "filé de borboleta", tem que ter físico aliado a alguma técnica, como são os jogadores belgas. E quem tem mais talento um pouco, como o time francês, leva. Quem tem muita técnica, quem não abre mão de "não jogar o jogo", como a Croácia, vai à semifinal, ainda que não tenha o vigor físico dos ingleses, com quem disputa hoje a outra vaga à final de domingo. No caso do Brasil, bom que se entenda, que não é mais o melhor futebol do mundo, que não fabricamos craques em cada favela: favelas só produzem traficantes atualmente. Bom que se compreenda também que mais fale um Douglas Costa + Roberto Firmino do que Gabriel Jesus + Neymar + Philliphe Coutinho. Vai demorar a mudar a cabeça enquanto todo mundo ganhar muita grana e a televisão, aliada, engabelar os apaixonados incautos que continuam idolatrando os ganhadores de 1970: já era, irmão, já passou, acabou, mano! Hoje, ou você joga tocando pra cá, tocando pra lá, sem vergonha de atrasar lá do meio de campo para o goleiro, ou passa de 4º colocado com o Felipão, com derrota feia para a Alemanha e tudo ou fica sem nem ir à semifinal, como com o Tite. Aliás, para não deixar passar em branco, na mesma edição do Brasil, que perdeu da Alemanha e tanto se menciona, Portugal levou 4 a 0, que é tão acachapante quanto 7 a 1.
(Opinião, cada um tem a sua. Essa é a minha).

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