07 julho 2018

Técnico escolhe atletas, táticas e auxiliares. A Globo escolhe como torcer e como sofrer: basta!

O vôlei vai à semifinal da Liga das Nações, equivalente à Copa do Mundo do futebol e ninguém não está nem aí para esse outro Brasil. Ou não são uns rapazes também escolhidos por um técnico, que se descabela para que o líbero, tipo um zagueiro, só que mais rápido, pegue tudo que é bola impossível e que o o atacante de ponte, tipo um Gabriel "Jejum" marque todos os pontos? Igualzinho, sem tirar nem pôr. Alguém tá acompanhando? Claro que não, né? Não tem espaço na TV aberta nem no rádio nem na grande imprensa, com destaque. Notinha de rodapé, ok, tem. Mas é pouco para quem quer que pulemos, gritemos, que riamos nos moldes determinados pelos repórteres ou da SporTV ou da Globo, a camisa do uniforme é o mesmo, a canopla do microfone também. No Pelourinho, Olodum; no entorno do mineirão, mineiros; no Rio de Janeiro, cervejas da Brahma escondidas "convidam" os convidados, senão... Em Santa Catarina, acho que Blunenau, não me lembro direito, à oriental, parecendo militar em posição de sentido: aí, as imagens dão só uma passadinha rápida, não é esse o Brasil que a TV Globo quer para o "futuro" ali bem próximo, o jogo em si, tem que passar alegria à audiência, para todo mundo ficar grudado e ver todo mundo pulando "de alegria" durante os gols que o locutor narrar. Sobrevindo resultado adverso, é um Deus nos acuda para consumir o tempo destinado a tempo dos comentários, quase um terceiro tempo, e vendo o ponteiro do Ibope caindo, ficam a inventar histórias de carochinha para boi dormir com mística do 13 do "mestre" Zagallo, tudo tem treze letras, treze cores e o escambau. Mas não cola! Ficar contanto que 2022, ano da próxima Copa, dá "hexa" na soma dos algarismos (2+2+2), mas não cola. As pessoas da sala começam a se dispersar, tomar as últimas cervejas, num porre cívico (Quá-quá-quá!), encher o bucho com os salgadinhos trazidos para justificar a despesa, soltar os últimos fogos porque não há mais razão nenhuma, não tem aniversário próximo que não faça lembrar essa derrota de 7 a 1... Peraí, 7 a 1 foi na outra Copa, gente boa? No Brasil, quatro anos atrás, entendeu? Sério? Parece que foi ontem? Enfim, há outros brasileiros envergando a cor verde-amarela no uniforme que não sejam esses jogadores de futebol. Não existe mais o ufanismo daquele pátria de chuteiras, já era, irmão, já era! A partir de hoje, voltam os shows da Anitta, da Ludmilla (será que a morena repaginada em plasticas também alterou o nome e incluiu 2 eles, como a outra famosa funqueira incluiu um segundo tê no nome, para ficar mais chique e emplacar na América? Ah, sei lá, isso não vem ao caso), show de Mumuzinho em tudo que é clubinho desse Brasilzão. Show do Ferrugem, do Nego do Borel e outros amigos dos jogadores que perderam da Bélgica, tendeu? Thiaguinho, ah, esse, não. Esse tem lugar garantido na Globo sábado ou domingo, no Caldeirão ou no novo programa Só Toca Top, apresentado pela namorada dele...Ou a Fernanda Souza não é? Será que eu tô enganado de novo? (Eu achava que a Alemanha seria campeã, depois de vencer a Suécia por 2 a 1, com gol da virada aos 49 e 50 do segundo tempo: Quá-quá-quá!). Enfim, rapaziada, vamos nos ligar na real de novo? Daqui a quatro anos, ao invés de o Brasil parar, vamos parar tempo suficiente? Nossas questões pessoais são igualmente importantes, nossa sobrevivência deve, esta sim, nos fazer rir e chorar e não uma batalha de uma entidade que gera US$ 15 bilhões, que trabalha em nível de Estado em todo País e que distribui para confederações fortunas para cooptar a simpatia; entidade que vende monopólio de comunicação a empresas igualmente milionárias em conluio em que uma trabalha ao lado da outra e das federações e dos técnicos e dos jogadores para todos se saírem bem de todas as batalhas perdidas. Nós, simples mortais, só nos unimos no sofrimento que eles querem que tenhamos para repercutirem a imagem no mundo a fim de mostrar como o povo brasileiro ama o futebol, ama sua seleção e que como só o futebol é capaz de aliviar as dores do dia a dia: isso me lembra tempos difíceis de ditadura contra o proletariado...Tóc, tóc, tóc: chega! Chega de futebol, me deu até medo agora, aff. Bora pra vida real, né? Faz de conta que ontem nem aconteceu nada, que hoje é sábado e que amanhã é domingo, pede cachimbo (Quá-quá-quá!). Tamojunto.
(Opinião, cada um tem a sua. Essa é a minha).  

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