14 março 2014

time ruim não é o fim do mundo, e olha que de time ruim eu entendo!

Não é engano crer que só se faz futebol com dinheiro, mas é engano ingênuo acreditar em fazer futebol imitando times grandes e ricos. É isso exatamente que os grandes querem para continuar anos luz à frente da maioria dos que não servem para outra coisa senão fornecer algum jogadorzinho bom de bola que, por sorte, bata à porta das categorias menores desses pequenos times, sozinho ou enfiado lá à custa de uma graninha dada por algum empresário espertinho na esperança de lucrarem ambos (time pequeno e esse tal empresário) em futuro próximo. Vai dizer que não é assim?

Mas a realidade cobra! Amanheceu, tem dívidas! Luz, água, telefone, alimentação, material, manutenção, folha de pagamento fixa do clube, contratos dos profissionais e atletas, etc., etc., etc., principalmente esses "etcs" que pode ser qualquer dívida, umas esquisitas. E vai assim até o anoitecer, dia após dia. E pagar de que jeito? Acumulam-se, tornam-se impagáveis até aparecer um desses que rodam o interior, um ano numa cidade, outro ano em outra, "terceirizando" o futebol.  

Executivos, interessam-se nos recursos que entram, geralmente o da Federação Paulista de Futebol (FPF), no caso de São Paulo, grana firme. Convencem algum comércio a fornecer alimentação, outro negociante a ceder transporte, outro a ceder alojamento com promessa de divulgar a cidade, o time e pagar depois. Depois? Quá-quá-quá! Depois, dá no pé e o mico fica.
  
 
Aos que não sabem, futebol é negócio, inserido na indústria do entretenimento, tem que ser viável sob pena de baixas as portas, quando dirigido por gente séria. Tem que ter profissionais muito mais importantes na administração do que duas dúzias de jogadores batendo bola em campo. Estes são o público interno.
Reunião de dirigentes de empresas não se faz em ambientes assim? Então? Negócio tem que ser levado como negócio.
Em geral, quem comanda futebol deseja "dar satisfação à torcida" quando enfia os pés pelas mãos, mas eu duvido que faça isso nos negócios próprios, duvido!
Primeiro é saber o tamanho do rombo (todo time deve os tubos!), depois projetar as receitas e andar em cima disso. Quem disse que tem que ser diferente? Quem disse que não pode ser rebaixado? Quem disse que tem que subir imediatamente? Futebol, em qualquer divisão é a mesma coisa; jogador joga do mesmo jeito em qualquer divisão, é a profissão dele. E em que pese a dor, partir do zero é muito melhor, desde que com os pés no chão e a cabeça no lugar.  

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